Mudanças da sede das secretarias do Estado


Prédio na Cidade Nova poderá abrigar administração do estado 



Um dos endereços cotados para abrigar o novo centro administrativo da administração estadual - anunciado pelo governador Luiz Fernando Pezão como parte do choque de gestão com o qual pretende cortar mais R$ 1,5 bilhão este ano - é o edifício ECO Sapucaí, na Cidade Nova. Mais conhecido como "prédio da Brahma" - por ficar no local onde funcionou um antigo edifício da cervejaria, demolido para a ampliação do Sambódromo -, o imóvel poderá abrigar as secretarias, autarquias e fundações do estado, cumprindo um papel que já coube ao antigo Banerjão, na Rua da Ajuda, vendido para a Assembleia Legislativa. O governo negocia a locação do imóvel com a Hemisfério Sul Investimentos, proprietária do prédio, enquanto estuda uma outra opção, que não foi divulgada. Mas a ideia, segundo Pezão, é reduzir em cerca de R$ 100 milhões os gastos mensais só com despesas de vários órgãos com aluguel e manutenção predial.

- Entre as possibilidades, está o prédio da Brahma, no Sambódromo. A gente gasta hoje cerca de R$ 70 milhões por ano com aluguéis. Além de ter boa localização, o prédio reúne condições de abrigar todas as secretarias, centralizando em um só local os serviços de segurança e limpeza. Racionalizando esses gastos, acho que diminuo aí uns R$ 20 ou R$ 30 milhões - explicou o governador.

Um dos últimos projetos de Oscar Niemeyer, tirado do papel pelo escritório do arquiteto Ruy Rezende, o edifício, que é todo envidraçado, tem 80 metros de altura, 19 pavimentos e área de aproximadamente 130 mil metros quadrados. A ideia de Pezão é transferir para o prédio as secretarias de Saúde, Desenvolvimento Econômico, Obras, Cultura, Ciência e Tecnologia, Habitação, Transportes e Trabalho, além de instituições como a Faetec e a Fundação Saúde, que hoje funcionam em imóveis alugados.

Nos próximos dias, o governador deverá anunciar uma série de medidas para reduzir os gastos do governo e enxugar o orçamento, conforme anunciou neste domingo em entrevista ao GLOBO. Entre elas, está a extinção de 20 autarquias e empresas e a revisão de contratos com Organizações Sociais e outros serviços terceirizados. Além disso, foi aprovado pela Assembleia Legislativa um reajuste de impostos, como o ICMS, e de taxas de serviços alfandegários.

 

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