Todos também conhecem a família imperial, principalmente o imperador carioca D. Pedro II. Todos conhecem também a famosa carioca Princesa Isabel e o seu marido francês Conde D'Eu. Mas poucos sabem o que aconteceu com eles após a Proclamação da República.
Antes de entrar nesse assunto, falarei um pouco sobre Pedro II. Antes de ser coroado rei já aconteciam algumas rebeliões políticas no Rio de Janeiro, já que o povo carioca não aceitava o caos político desde essa época. O país estava sem rei – e você já pode imaginar a confusão - e o príncipe regente ainda era menor de idade, apesar de ter sido muito bem educado. Mas um grupo da sociedade pedia a coroação de Pedro, conseguindo sucesso. Com isso o príncipe carioca foi coroado imperador.
O seu governo não teve tantas guerras como os seus antecessores e sucessores, durante esse período correu a primeira locomotiva a vapor, foram aberta as primeiras estradas, houve muitos investimentos em cultura, a inauguração do telefone no Brasil, a criação do selo postal, entre outras coisas.
Durante o seu governo houve mais investimentos em educação e cultura do que nos últimos anos com Lula e FHC. Durante o seu "tempo" surgiram grandes artistas que conseguiram fama em todo o mundo, um deles é Machado de Assis.
Houve também muitos investimentos em ciências, fato que até hoje no Museu da Quinta da Boa Vista conta com uma das múmias mais impressionantes e raras do mundo, já que essa foi uma das poucas múmias que tiveram até mesmo os dedos enfaixados separadamente. Pedro II esteve na ocasião que Alexander Graham Bell demonstrou a sua nova invenção: o telefone. E por isso ele foi o primeiro brasileiro a usar o telefone usando a frase: "Ser Ou não ser" do célebre Shakespare.
D. Pedro II foi o primeiro a patrocinar as pesquisas do famoso cientista francês Louis Pasteur. Pedro convidou o francês a morar no Brasil, mas na época ele recusou. O imperador carioca também ficou famoso em visitar as ruínas de Tróia e as pirâmides do Egito.
Ele também foi amigo de Schliemann, Mariette, Charcot e Barão de Mauá. Ele foi o pai da Floresta da Tijuca. E também financiou a primeira expedição brasileira à Antártida. Um dos maiores historiadores do Brasil, José Murilo de Carvalho, declarou que o Brasil nunca teve tanta liberdade de expressão como durante essa época. Vale lembrar que Carvalho foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 2004.
A Filha de D. Pedro II, a princesa Isabel, ficou famosa por ter assinado a abolição da escravatura e alguns negros se tornaram grandes intelectuais da corte, lembrados até hoje. Mas o brasileiro achava pouco e queria mais direitos (diferente de hoje). Começou então rebeliões para o fim da Monarquia e o início da Democracia.
Alguns que lutaram pela Proclamação respeitarem a D. Pedro e eram de sua confiança, mas eles não esperaram nem por sua morte (aproveitando-se de sua velhice) e deram um golpe, instaurando-se assim a República, enquanto o imperador estava em Petrópolis. Ao saber do golpe, o imperador respondeu:
"Se assim for, será a minha aposentadoria. Já trabalhei muito e estou cansado. Irei então descansar"Historiadores afirmam que os republicanos não tiveram nem a coragem de olhar nos olhos dele já que os respeitavam, enviando assim "subalternos para se comunicarem com Pedro II". A família assim foi exilada para Portugal e morreu na França.
Depois da morte do grande imperador, os brasileiros entraram em luto, mesmo com o Governo tendo sido contra ao ponto de ter enviado policiais para impedir que comércios fossem fechados ou homenagens. O Jornal The New York Times escreveu uma reportagem que dizia que Pedro II era "o mais ilustrado monarca do século". Já o The Globe afirmou que ele "era culto, ele era patriota; era gentil e indulgente; tinha todas as virtudes privadas, bem como as públicas, e morreu no exílio". Os brasileiros os exilaram porque queriam um país para todos, mas hoje vemos, em pleno século XXI, que entregarmos o país aos bandidos e uma nova capital que simboliza a maior corrupção do planeta.
A princesa Isabel também teve filhos. E seus netos vivem até hoje. Anos depois o Governo Federal decidiu acabar com o exílio. Os corpos da antiga família real se encontram em Petrópolis até hoje.
Não estou escrevendo que D. Pedro II era o dono da razão, apenas fiz um pequeno histórico antes de começar a reportagem em si.
Abaixo estão algumas informações e fotos dos atuais membros da Família Imperial do Brasil:
O primeiro a ser apresentado é Dom Luiz Gastão Maria José Pio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança e Wittelsbach. Nascido na França, estudou no Colégio Santo Inácio, localizado em Botafogo (Zona Sul do Rio de Janeiro) e formado Química na Universidade de Munique, por isso ele fala fluentemente português, francês e alemão. Se existisse ainda a monarquia no Brasil, ele seria o Imperador do Brasil.
Foto: Museu Nacional, zona oeste do Rio de Janeiro
Gostei muito de seu Post.. olha francamente eu gostaria que a monarquia nunca tivesse levado um golpe de estado. Gostaria q continuasse, mas nem tudo é perfeito. Imagino que seríamos muito diferentes do que somos hoje!! Achei boa a sua explanação, pois vendo o seu orkut, imagino q sejas ate mais novo do q eu (tenho 22) e nunca vi alguem de minha idade ou mais novo, se interessar por este assunto.. Parabens pelo Blog
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